O Chafariz de Santo André, ou Chafariz da Alameda, emerge como uma joia arquitetónica na cidade da Guarda. É considerado um dos mais belos e  impressionantes da região, talvez do país. 

A sua Construção:

Construído em estilo barroco-rococó, este monumento atrai olhares pela sua beleza estética, mas também pela sua história fascinante, para a qual remetemos para este artigo de Francisco Manso, o qual serve de base para este texto.

A iniciativa da sua construção provém da família Saraiva Refoios; o chafariz terá sido construído como um símbolo de poder e prestígio. 

Com representações religiosas e zoomórficas na sua iconografia, exibe a riqueza e a influência da família proprietária. No entanto, com o declínio do poder desta família, o chafariz, mergulhou no anonimato e na decadência.

A transferência do Chafariz para a Guarda:

Edificado originalmente na aldeia de Vela, a transferência do chafariz para um novo local gerou polémica, pois foi vista por alguns como um ato de prepotência, enquanto outros argumentaram que a sua localização original não correspondia ao seu verdadeiro significado histórico. Mesmo com essa controvérsia, o chafariz permanece hoje um símbolo emblemático da cidade.

A sua relevância histórica e arquitetónica:

Além da sua importância arquitetónica, a área ao redor do chafariz, conhecida como Alameda de Santo André, guarda histórias fascinantes do passado da Guarda. Era um local de encontro e celebração para as pessoas da região, palco de eventos sociais, feiras e até mesmo touradas.

Entre as histórias mais marcantes, destaca-se o curioso relacionamento entre dois inimigos figadais, os generais Saraiva Refoios e Álvaro Póvoas, que apesar da sua rivalidade intensa, acabaram por passar os últimos anos das suas vidas em propriedades vizinhas, separados por uma rua estreita.

O Chafariz e a Alameda de Santo André não são apenas marcos físicos na paisagem urbana da Guarda, mas também guardiões de memórias e narrativas que enriquecem a compreensão da história e da identidade desta cidade.