A Torre das Águias, ou Torre de Almofala, faz parte de um complexo maior, com cerca de 6 hectares, que outrora terá sido uma cidade romana, conhecida por “Civitas Cobelcorum”.

Também é conhecida na região por “Casarão da Torre”, ou “Torre dos Frades”. Está orientada a Nascente e ultrapassa os 9 metros de altura.

Terá sido referenciada pela primeira vez pelo General João de Almeida, investigador local e autor do “Roteiro dos Monumentos Militares”, onde se referiu a esta construção como uma torre em alvenaria que serviria de atalaia em plena Idade Média, acrescentando a hipótese de que esta faria parte da Torre de Menagem de uma fortaleza medieval. 

As primeiras Intervenções Arqueológicas no local datam de finais dos anos 80 do século passado e foi desde então que se recolheram elementos concretos acerca da razão da sua edificação.

As escavações, coordenadas sobretudo por Helena Frade, revelaram objetos que indicam a existência de uma cidade romana, até então desconhecida e que teria sido capital da Civitas – uma espécie de Capital de Distrito à época – dos Cobelcos, um povo acerca do qual não se tinha quaisquer referências. Uma ara epigrafada, dedicada ao Deus Júpiter que foi encontrada no local, irá comprovar isso mesmo. 

Os primeiros níveis de ocupação foram contextualizados no século I d. C.. A estrutura conhecida como Torre de Almofala seria na realidade um tempo romano que acabou transformado em Atalaia e que já no final da Idade Média e no Renascimento (Séculos XVI e XVII) serviu de torre de vigia da velha praça-forte leoneza, a vila amuralhada de Castelo Rodrigo.