O Restaurante Bola de Prata lembra as tavernas de outros tempos. E cheira a trás-os-Montes. É um restaurante essencialmente de carnes, e onde a vaca é raínha.

Não há como contornar, aqui a comida é calórica. Mas absolutamente deliciosa.

Comer na Bola de Prata é regressar ao tempo da comida da nossa avó. A comida é preparada na brasa e no forno. A batata é assada, o arroz é de feijão e depois há migas de couve, uma especialidade. Essencialmente é isto. É isto e mais a inequívoca qualidade das carnes e a magia que se opera na cozinha.

A Belinha, gerente e cozinheira da casa, aprendeu a cozinhar em Trás-os-Montes, de onde é oriunda e trouxe com ela a gastronomia transmontana. Sensivelmente a meio dos almoços, quando tem as coisas orientadas na cozinha, vem à sala falar com os clientes e agradecer a sua presença. Dois dedos de conversa, animada, umas “larachas” e no fim um agradecimento pela visita é o marketing da casa. E a Belinha faz isto tão bem, porque é sincero.

Não há muitos segredos para contar aqui. O sucesso do Restaurante Bola de Prata parece assentar na forma como o palato se rende à comida que aqui se consome.

A casa é pequena, por isso é difícil reservar mesa. E está sempre cheia. Se está de passagem na Guarda e quiser almoçar lá, sugerimos que chegue cedo. Por volta das 12:15. Ao jantar, é melhor telefonar antes.